Redação por Arthur Wentz e Silva
A magia nem sempre foi vista como algo positivo. Aliados com o conservadorismo religioso, a mídia em sua maioria sempre a demonizou. Isso está muito empregado nos filmes e livros de nossa infância, onde as bruxas, feiticeiras, magos e demônios eram sempre vilões, e buscavam acabar com a humanidade.
Com essa tentativa de deturpar todo o conhecimento sobre ela, acabamos muitas vezes por não entende-la e não buscar entendimento. Essa ideia de predomínio religioso, por anos manteve esse conhecimento debaixo do tapete, mas ele nunca deixou de ser seguido ou até mesmo cultuado.
Hoje, a tentativa de consumo desse conhecimento tem aumentado e as famosas “bruxas que vocês foram incapazes de queimar”, como se intitulam, assumem-se no espaço fazendo questão de mostrar que magia é um conhecimento fenomenal que por anos fora tentado ser esquecido, num projeto visivelmente falho.
Em um Grimório (livro sagrado com rituais, magias, feitiços e encantamentos que são atribuídas a fontes clássicas do conhecimento hebraico e egípcio) muito famoso, denominado Lemegeton, ou “A Chave Menor de Salomão” vemos resquícios de conhecimentos um pouco diferentes dos já apresentados.
Dividido em cinco partes: Ars Goetia, Ars Theurgia Goetia, Ars Paulina, Ars Almadel e Ars Nova, a Ars Goetia assume-se com detalhes fundamentais da história da humanidade. Goetia, que do grego significa “feitiçaria”, é uma palavra que apresenta práticas ditas diabólicas, ou “não naturais”.
Ars Goetia explica e apresenta os míticos 72 demônios que Salomão deveria invocar e confinar em um recipiente de bronze vedado em simbologias mágicas, pelos quais foram forçados ao trabalho. A parte citada guia a formação de um vaso semelhante e usa fórmulas mágicas para garantir segurança suficiente para invocar demônios.
Para quem entende de Alta Magia, como o Mestre Bueno do Barão, com certo cuidado e conhecimento é possível sim aprender muito com a Ars Goetia, principalmente porque se trata de uma manifestação secular de possibilidades.
Fato é que é impossível acabar com esse conhecimento, e trata-se ainda de muita impotência na construção histórica da humanidade. É preciso, portanto, ir além de uma única ideia, pesquisas e conhecimentos mostram que somos capazes de consolidar uma perspectiva fantástica para a humanidade.
Teóricos, como Agostino de Hipona, portanto, demonizam qualquer prática pagã e que se desvincule do convencional. Para ele, a Magia era uma forma de afastar as pessoas do cristianismo e toda e qualquer cultura que usasse de feitiços estava caindo nas armadilhas de separar a humanidade do bem.
Entretanto, Hipona e seus ideais fundamentalistas da religião não foram capazes de dizimar e afastar a humanidade da busca ansiosa pelo secreto e pelas profundezas do condicionamento da natureza humana.
Bueno do Barão se opõe a qualquer prática que proíba uma crença ou que ataque uma cultura. Para ele, a sociedade deve caminhar para uma evolução espiritual e também como seres inseridos em suas realidades.
O referenciado magista afirma, “ou o homem sobrevive somente e se fecha aos valores humanos, ou ele faz justamente o contrário. Vive, e transcende a humanidade de si pela própria conceplção de viver e dar à alma, lugar de vibrar por ela mesma”. Mostrando que não importam apenas os valores morais e a concepção do que a sociedade considera certo ou errado, mas o próprio entendimento da necessidade do autoconhecimento.
Para conhecer ainda mais sobre a Ars Goetia, bem como estes conhecimentos fundamentais para o entendimento humano e de sua natureza, basta encontrar o Mestre por suas redes sociais como @mestrebuenodobarao ou até mesmo pelo YouTube. O aprendizado é significativo!