Empresária dona da Melinda Jeans, Carmem Melinda, acredita que esta peça coringa do vestuário deverá ser uma das primeiras a serem procuradas pelos consumidores na retomada da economia
As roupas em jeans, conhecidas por serem versáteis e resistentes, mostraram resiliência também na economia: apesar da retração causada pela pandemia, o setor do vestuário deverá crescer a partir de 2021. Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) projeta aumento de 25% nas vendas de roupas em 2021, em relação a 2020. O setor das peças em jeans é expressivo neste bolo, já que o material é um dos mais básicos da moda, em especial, na confecção de calças. No Brasil, as roupas produzidas com este tecido representam 11,3% do consumo de moda. A empresária Carmem Melinda, dona da marca popular de confecção em jeans Melinda, confirma a previsão. Após enfrentar queda das vendas no ano passado, a atacadista teve recuperação em 2021. “Fomos prejudicados, porém nosso mercado está numa crescente muito boa, com grande possibilidade de crescimento até final do ano, e também nos próximos”, afirma a empresária.
A marca produz 100 mil peças ao mês e gera mais de 500 empregos diretos e indiretos. Um dos segredos para se manter, de acordo com a empresária, é o fato de serem uma marca com preços populares, além da alta aceitação do jeans em todas as épocas, visto que é uma peça básica de vestuário nas mais diversas classes sociais. “As pessoas de todos estilos e perfis usam jeans e, assim que a vida voltar ao normal, deverá ser bastante procurado, pois ninguém fica sem uma calça jeans”, acredita Carmem. Durante a pandemia a empresa investiu no atendimento online e nas redes sociais, já que os lançamentos são semanais. “É um mercado muito competitivo e não podemos deixar de mostrar ao cliente as criações”, destaca Melinda. A aposta, após a recuperação, é expandir internacionalmente.