Vencedora em 2019 do programa Que Seja Doce, da GNT, Hannah Barros acredita que reality shows criam estrelas em diversas áreas e mostram novas possibilidades de carreira ao público
Até poucos anos trocar uma carreira consolidada em uma área como o Direito pela de confeiteira pareceria improvável, mas este foi o caminho da estrela da cozinha Hannah Barros, dona da marca de bolos e cursos de confeitaria La Dinda. Programas como o Master Chef e o Que Seja Doce alçaram ao estrelato cozinheiros e confeiteiros. A jovem alcançou o primeiro milhão antes dos 30 anos e consolidou a fama ao vencer a atração do canal GNT em 2019.
Para ela, os reality shows de gastronomia têm ajudado a valorizar as carreiras nessa área. “Sou telespectadora de muitos. Acredito que eles ajudam a desmistificar a profissão e fazem com que as pessoas percebam que não é apenas um bolinho, uma receitinha. É um conjunto de fatores com técnicas, métodos, muito estudo e criatividade”, afirma.
Hannah tem em seu rol de clientes a também paraibana Juliette, vencedora de outro programa, o Big Brother. A amizade começou antes da fama, quando estudavam Direito na UFPB (Universidade Federal da Paraíba), curso que Hannah abandonou para ser confeiteira. “Nossa amizade começou na universidade e dividimos bons momentos. Ela sempre encomendou meus bolos em seus aniversários, e para gravação dos meus cursos ela sempre me maquiava”, lembra.
Para a doceira, a valorização da confeitaria como carreira vem acompanhada de um novo mercado e de possibilidades. Além de ser influenciadora e confeiteira, ela promove cursos na área e vê que a procura é crescente. A maioria deseja empreender no ramo. “A confeitaria tem alta demanda, afinal todos nós fazemos aniversário e desejamos sobremesas diariamente”.
Dados do Sebrae mostram que 50% dos empreendedores por necessidade entram no ramo gastronômico. O segredo para se destacar neste meio é o mesmo de qualquer outro: dedicação. “Costumo dizer que todas as áreas são concorridas. Por isso precisamos encontrar diferenciação em nichos específicos. O segredo está em se superar diariamente”. Junto com a busca pela carreira, cresce a valorização por parte dos clientes e a profissionalização do meio. “Algumas pessoas ainda possuem a mentalidade da confeitaria como algo caseiro, que nossas avós dominavam, que todo mundo é capaz de fazer, mas o segmento tem evoluído como um todo, com equipamentos, técnicas e insumos cada vez melhores, o que torna a profissão cada vez mais valorizada”.