O humorista Léo Lins resolveu investir mais uma vez na sua vertente de escritor, lançando um projeto independente e bastante polêmico, que segue uma linha editorial e criativa na contramão do politicamente correto: o livro dos insultos.
Apesar de ser um livro que mexe no vespeiro de temas delicados fazendo piada com gordos, deficientes e mais de 30 partes do corpo humano, em uma única semana o projeto já havia arrecadado mais de 150 mil reais, e em 13 dias todos os exemplares da primeira tiragem do “Livro dos Insultos” já estavam esgotados, mesmo ainda estando na fase de pré-venda, antes mesmo do livro começar a ser vendido.
O livro contém mais de 3 mil insultos e apresenta insultos para pessoas, cidades, roupas e itens específicos. Mesmo optando por não fazer o livro através de editoras como seus últimos títulos lançados, o projeto se tornou um sucesso através de crowdfunding, que é o financiamento coletivo pela internet. Tanto a venda como o financiamento são realizados exclusivamente no site Fábrica do Humor, que pertence ao humorista.
Humor Negro
Léo Lins é um dos principais representantes do chamado Humor Negro no Brasil, e também um dos poucos humoristas no país que ainda ousa ir contra o que alguns chamam de ditadura do politicamente correto: “isto mostra que o politicamente correto não representa a maioria. Não acredito que a maior parte da população tenha ânsia pelo politicamente correto. Em 13 dias vendemos toda a primeira tiragem, de 2 mil livros. A principio seria uma campanha de 40 dias, onde eu imaginava vender uns 60% até dezembro. Mas em 13 dias vendeu tudo”.
O Livro dos Insultos
No site oficial o humorista revela que este livro se trata da maior e mais completa obra dedicada ao humor de insulto, escrita pelo comediante mais censurado do Brasil. O livro contém mais de 3 mil insultos e apresenta insultos para pessoas, cidades, roupas, além de alguns específicos para mais de trinta partes do corpo: “O livro contém insultos para todos, gordos, magros, orelhudos, cabeçudos, gente feia, etc. Procurei contemplar a todos. Mas lembre-se que o intuito de uma piada é sempre rir e nunca constranger, um mestre no insulto deve ser capaz de atingir seu alvo sem machucar e de conscientizá-lo sem reduzir a autoestima”, afirmou.
Léo também revela o motivo que o levou a escrever sobre um assunto que hoje se tornou tão polêmico: “A ideia é ir na contramão do politicamente correto, que é uma tentativa de estabelecer o que é certo e errado segundo uma régua moral. E essa régua tem uma viés politico, que inclusive não representa os anseios da maioria dos brasileiros. Portanto, trata-se de um pequeno grupo, em posições estratégicas. Logo, é extremamente oportuno ter nesse momento um livro sobre insulto e que fique clara a diferença de insulto para ofensa”.
Devido à alta procura, quem foi procurar pelo livro hoje encontrou o aviso de que o site estava temporariamente fora do ar, devido ao esgotamento de todos os exemplares.