Esteticista e influencer afirma que mercado é crescente no Brasil e que tem gerado empregos
Os brasileiros ficaram mais vaidosos durante a pandemia. Maior tempo ocioso e o novo estilo de vida, mais caseiro, motivaram as pessoas a olharem com mais cuidado para si. Pesquisa trazida pela ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) e realizada pelos Institutos Perception e Segmenta revelou que cerca de 43% dos consumidores enxergaram na pandemia uma oportunidade de mudar os hábitos de saúde. Um dos exemplos é a ampliação da rotina de autocuidado, como o aumento do hábito de realizar skincare em 43,8%. Os dados são de setembro de 2021, o levantamento ouviu cerca de mil pessoas em todas as regiões do Brasil. Isso também se reflete na procura por tratamentos estéticos. A esteticista e influencer Thassia Piezzaroli afirma que houve aumento da procura por seus trabalhos. “ Muitas coisas mudaram com a pandemia, uma delas foi ao autocuidado, estamos mais preocupados com a nossa saúde e aparência”. Os motivos apontados são inúmeros, desde mais tempo em casa, que fez com que as pessoas reparassem mais em sua aparência, até o home office ajudar na recuperação, por não precisar sair para a rua e se expor ao sol e poder esconder curativos.
O movimento incentiva o setor economicamente. Thassia considera que o mercado da beleza no Brasil está em constante expansão, mesmo com a pandemia. “Faltam ótimos profissionais na área da beleza, os que realizam procedimentos com resultados naturais são valorizados, a demanda existe”, afirma. Thassia é criadora de uma técnica contra estrias considerada única dentro e fora do Brasil, a Microderme. O sucesso é tal que ela promove cursos online, outro segmento que aumentou durante a pandemia. “Ofereço 4 infoprodutos, que são os cursos, as turmas fecham em questão de horas”, afirma a empresária. Ela oferece aulas virtuais de microderme, microblading, técnica para sobrancelhas que simula os pelos com naturalidade, despigmentação química de sobrancelhas e design de sobrancelhas.Todos os cursos são livres e não exigem formação acadêmica.
Desde 2018, quando foram criados os cursos, fizeram as aulas cerca de 10 mil alunos de 31 países, a maioria mulheres. Para Thassia, este é um caminho promissor para quem deseja empreender, em especial para pessoas sem Curso Superior. “Temos relatos de alunas que conquistaram a independência financeira, que compraram carro e casa graças à profissão aprendida nas aulas”, ressalta Thassia. A empresária explica que os equipamentos para o curso custam cerca de R$ 1.000 reais, mas a formação tem duração mínima de 8 dias e é possível já iniciar com uma renda alta, pois um procedimento de microblading, por exemplo, custa de R$ 200 a R$ 1.000. “Eu nos primeiros meses já ganhava em torno de 10 mil reais, pois profissionais que fazem um trabalho de qualidade são valorizados, o tratamento da microderme, por exemplo, vende que nem água no deserto, pois é uma técnica exclusiva e que dá resultados”.
Outro ponto forte que ela ressalta é a qualidade dos profissionais brasileiros. “O Brasil é um dos países mais aclamados na micropigmentação mundialmente, os profissionais dessa área são muito bem vistos no exterior, é muito comum irem trabalhar em outros países, somos evoluídos em técnicas, marcas e produtos”. A dica para entrar neste mercado é estudar muito e escolher um bom mentor. “Tem que escolher um profissional de quem realmente goste da técnica. Vejo meninas que não escolhem mentores com os quais se identificam e isso gera um problema, pois você aprende algo de que não gosta. Outra questão é o suporte, tem que ter uma forma de tirar as dúvidas. Vejo várias formadas que colecionam certificados e não têm coragem de começar por não terem tido a oportunidade de treinarem melhor durante os cursos”.